Analisando o artigo “Investigação da inteligência emocional como 
fator de controle do stress em guardas municipais” de Monalisa Muniz, 
Ricardo Primi, e Fabiano Koich Miguel. Estudo que segundo os autores 
“tem como objetivo avaliar a inteligência emocional e o stress em 
guardas municipais, a fim de verificar se indivíduos com alta 
inteligência emocional tendem a apresentar menor nível de stress”. Fica 
claro que os estudiosos enquadram os Guardas Municipais (GMs) na mesma 
categoria dos Policiais Militares (PMs) neste aspecto, ou seja, na 
exposição ao risco e como consequência o stress. Alertam para a 
necessidade da seleção de GMs com “controle emocional”, que definem como
 “capacidade de perceber, compreender e controlar suas emoções, o que 
pode propiciar melhor manejo do stress, a fim de administrá-lo de 
maneira adaptável para si e para o meio em que vivem”.
                   Segundo os autores “o controle emocional é uma das facetas da 
inteligência emocional, definida como e maneira sucinta, a inteligência 
emocional consiste na capacidade de o indivíduo perceber, nomear, 
administrar e compreender a emoção em si e nos outros para utilizá-la de
 forma a favorecer sua adaptação no meio em que vive”.
            Pois é amigos, precisamos em “ação” nos conhecer ao ponto de sentir, 
perceber nossos sentimentos, expressar esses sentidos e manter tudo sob 
controle. É amigos, a atividade policial dos GMs não é nada fácil… e 
bastante “stressante”…
             Os autores definem stress como o “desgaste geral do organismo 
ocasionado por alterações psicofisiológicas diante de situações que 
despertem emoções, tanto boas quanto más, que exijam mudanças. Essas 
situações constituem fontes de stress chamadas estressores e podem ter 
causas internas (geradas no próprio indivíduo, criadas e relacionadas ao
 tipo de personalidade) e externas (eventos que ocorrem na vida da 
pessoa, podendo ser agradáveis ou desagradáveis)”.
              Afirmam também que GMs e PMs estão expostos a grande stress devido o 
ambiente que trabalham e a possibilidade de sofrerem violência a 
qualquer momento e ainda solucionar conflitos sociais com cautela. 
Alguma novidade amigos?
              Os Autores informam que “participaram da pesquisa 24 guardas 
municipais que trabalham armados nas ruas de uma cidade do interior do 
Estado de São Paulo e exercem as mesmas funções que se referem a 
proteger os civis e o patrimônio da cidade. A faixa etária da amostra 
varia entre 20 a 50 anos (M = 35,7; DP = 8,6); e o nível de 
escolaridade, do ensino básico completo ao superior incompleto, sendo 
71% do sexo masculino. Do total da amostra, sete (24%) apresentaram 
stress, estando todos na fase da resistência”.
                De modo geral segundo os estudiosos: não foi encontrada uma relação 
entre inteligência emocional global e stress. O alto nível de stress 
parece estar relacionado à capacidade de associar o sentido de cada 
emoção a outras sensações de outras modalidades sensoriais e também à 
sensibilidade do sentido emocional nas relações sociais. O baixo nível 
de stress, por sua vez, está associado à capacidade de perceber emoções 
em faces e imagens e ao conhecimento emocional. De modo geral, parece 
que os indivíduos estressados são mais suscetíveis a experimentar 
emoções com menos interferência do raciocínio.
Pois é, trata-se de o importante estudo que provou pelo ponto de vista cientifico muito do que sabemos nas ruas.
                    Gostaria de parabenizar os pesquisadores pela qualidade do trabalho e
 de acordo com esta leitura cheguei às considerações que precisamos nos 
conhecer melhor, saber que sensibilidade tem limite nesta atividade e 
manter o maldito controle sobre nós mesmos. Não é nada fácil.
GM Bruno Menezes
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